Pesquisa da CNI aponta que o medo do desemprego é crescente entre os brasileiros

Pois é, uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), chamada Índice do Medo do Desemprego, apontou que a preocupação em perder emprego vem aumentando entre mulheres, jovens com idade entre 16 e 24 anos, profissionais com baixa escolaridade e moradores de periferias.

Em relação ao público feminino, o indicador (que mede o medo de perder o emprego) fica ainda maior, chegando a 64,2 pontos. Entre os homens, o índice está em 49,4 pontos.

Pessoas com grau de instrução inferior ao ensino médio completo apresentam nível maior de medo. Entre os entrevistados com educação superior esse medo também cresceu, mesmo assim é o grupo com menor índice em relação aos demais graus de instrução.

A pesquisa ratifica o que todos nós já sabemos. Toda essa turbulência econômica causada pela pandemia provocou esse medo (medo não, pavor). Ficar sem emprego nesse momento é extremamente grave.

Segundo IBGE, em outubro eram 13,8 milhões de pessoas sem trabalho no país. Por isso, a taxa de desemprego chegou a 14,4% no trimestre encerrado em agosto. De lá pra cá a coisa não mudou, apesar de uma tímida retomada.

O problema se intensifica com a redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300 por mês, e agora, com a retirada do benefício onde cerca de 67 milhões de pessoas deixarão de receber o auxílio e terão que voltar procurar trabalho.

Infelizmente os economistas projetam que a taxa de desemprego deve subir para perto de 17% em 2021. O cenário do mercado de trabalho no Brasil vem se agravando devido ao aumento do número de casos e mortes pela covid-19 e a volta das regras de quarentena, somados às políticas (ou falta delas) econômicas ineficientes do governo.

Em pesquisa, a Fundação Getúlio Vargas apontou que a proporção de brasileiros vivendo na pobreza subiu de 18,3%, em agosto, para 22,4% em setembro de 2020, ou seja, 47,395 milhões de brasileiros miseráveis.

As perspectivas para 2021 são as mais desanimadoras: alta do desemprego, queda da renda do trabalho, pobreza absoluta, fome em expansão e nenhum plano concreto do governo para enfrentar esses grandes problemas.

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